terça-feira, 24 de abril de 2018

"O que eu bebi por você.

Não dá para ver
As pessoas enxergam, porém
É vergonhoso dizer
Não dá para esconder de ninguém

O que eu bebi por você.

É forte de mais
Um tanto confuso eu ficava
Queria voltar atrás
Uma coisa que muito eu almejava

O que eu bebi por você.

Fazia-me desabar
Chuvas fortes em pleno outono
Reerguendo-me o tanto quanto basta
Para disfarçar o pranto

O que eu bebi por você.

Na aula, no cinema, no teatro
Nem à companhia dos amigos havia folga
No bar, no salão, no quarto
O tempo tod um gole dessa cachaça

O que eu bebi por você?

Não era destilado, não era álcool, não era fermentado
Não era Dime, não era quente, não era sagrado
Não era batido, não era ardido, não era gelado
Era meu eu que produzia, um tanto amargurado"

 Alberto Santana de Vieira