Onde o vento afaga as Eriocaulaceae
E as rochas apontam para o Oeste
Onde os carcarás descansam suas asas
Onde a história do novo mundo se formou
Lugar em que a vida cresce em pedra e areia
Eu disse seu nome em baixo tom
Nesta terra em que o fogo incendeia
Assim, os espíritos do Pré-Cambriano
Testemunharão a sua memória que vive em mim
Como onde o verde que brota do branco
A teimosia, para esta mente, não existe fim
A secura desta terra que nos une
E a dureza da paisagem que nos cerca
Sempre será nosso lar este
A beleza rústica da serra.
Orvalina Augusta Teixeira
Foto de Ananda Portela |