domingo, 24 de junho de 2018

Onde Levei Seu Nome

Para a lonjura dos Campos Rupestres
Onde o vento afaga as Eriocaulaceae
E as rochas apontam para o Oeste
Onde os carcarás descansam suas asas

Onde a história do novo mundo se formou
Lugar em que a vida cresce em pedra e areia
Eu disse seu nome em baixo tom
Nesta terra em que o fogo incendeia

Assim, os espíritos do Pré-Cambriano
Testemunharão a sua memória que vive em mim
Como onde o verde que brota do branco
A teimosia, para esta mente, não existe fim

A secura desta terra que nos une
E a dureza da paisagem que nos cerca
Sempre será nosso lar este
A beleza rústica da serra.

Orvalina Augusta Teixeira
Foto de Ananda Portela

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