Cegar para sempre.
Pressionar os olhos e deixar a escuridão dominar.
Cegar para a dor no Peito,
Cegar para a dor da Perda,
Cegar para as Pontadas
Cegar para a Pele.
Preencher o vazio com o Preto.
Profundo, sinistro.
Preto infinito.
Prevalecer as trevas diante do meu Olhar.
Cegar para o que é carinhoso.
Cegar para as coisas bonitas.
Cegar para o céu Azul do inverno
Cegar para o Amarelo da primavera.
Cegar para não ver o que me espera.
Cegar as mãos que se renderam à tentação.
Cegar a sede e a vontade.
Cegar o aperto da curiosidade.
Cegar o mundo para mim,
Cegar por ventura qualquer futuro,
Cegar de você, enfim.
Orvalina Augusta Teixeira
Eu fico imaginando se um dia alguém irá de se dar ao trabalho de interpretar esses meus poemas.
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